Endless Legend
Estava eu explorando o mundo encantado do youtube, quando um desses criadores de conteúdo multimédia, um cuja opinião sobre jogos considero valiosa, apresentou Endless Legend como um jogo que expande e melhora o conceito de estratégia de jogos estilo Sid Meyer's Civilization. Assim que o decidi experimentar. Só fiz um jogo (que demorou várias horas, ao longo de uns quantos dias), mas penso ter informação suficiente para poder escrever qualquer coisa. Até porque este é daqueles jogos que uma pessoa pode jogar centenas de horas, e não ver tudo o que o jogo tem para oferecer.
Comecemos pelo básico: Endless Legend é um jogo de estratégia 4X (subgénero de estratégia em que os jogadores controlam um império e "investigam, expandem, exploram e exterminam"("eXplore, eXpand, eXploit, and eXterminate") impérios rivais) em mapa de tiles hexagonais por turnos. Cada jogador controla um império, constrói cidades, edifícios, tropas, faz pesquisas, interage com os outro e comete genocídio. Até agora, típico jogo de estratégia. Mas há três principais aspectos em que Endless Legend se destaca: batalhas, história e diversidade.
Antes de entrar em detalhe sobre estes três tópicos, permitam-me explicar um pouco do mundo do jogo, para melhor compreenderem o que se segue. Endless Legend passa-se em Auriga, um mundo onde vários impérios, e facções menores competem pela supremacia. A maioria dos impérios e facções são de espécies diferentes. O jogo é uma mistura muito bem feita de ciência e fantasia, com alguma da ciência mais avançada sendo quase apresentada como magia.
Vamos então ás batalhas. Mas primeiro, comecemos por explicar como funcionam os exércitos. Quando querem produzir tropas, produzem uma unidade. Cada unidade é de um único tipo de tropa, tem uma vida, e na prática, funciona como um único soldado. Várias unidades podem juntar-se para formar um exército, que é aquilo que aparece no mapa, e que o jogador desloca de um lado para o outro, ocupando uma única tile. Pode haver exércitos compostos por uma só unidade, pode haver exércitos compostos por oito (se calhar mais, tal como disse, só joguei um jogo). Quando dois exércitos se encontram em tiles adjacentes, podem iniciar uma batalha.
E agora sim, falemos da pancadaria. Quando a batalha inicia, uma área quadrada ao redor dos exércitos que começaram a batalha (aos quais me referirei como "exércitos principais") é demarcada para a batalha. A batalha dura um único turno, no qual nenhum exército externo pode entrar na área de batalha. Exércitos que já se encontrem na área, mas não sejam um dos principais, são demarcados como suporte do exército principal da sua fação, e são escolhidas pelo computador duas tiles de suporte para cada jogador (mais sobre estas à frente). A área de batalha é divida em duas zonas pertencentes a cada jogador. O exército principal de cada jogador é dividido nas suas unidades, que o jogador pode dispor à vontade pela sua metade da área. Após a disposição inicial, há um período de ordens, em que os jogadores dão ordens ás suas tropas (ataca aquele, vai para ali, etc.). Depois há um período de execução, em que as tropas de ambos os lados fazem cumprir as suas ordens. Que unidade avança primeiro depende de um dos seus stats. No início de cada fase de ordens aparece uma unidade dos exércitos de suporte nas tiles de suporte, caso estas se encontrem livres. O ciclo "fase de ordens"/ "fase de execução" repte-se seis vezes, ao fim das quais a batalha acaba, e o exército sobrevivente é declarado vencedor. Caso ambos os exércitos tenham unidades sobreviventes (mesmo que seja uma única, com vida praticamente nula, e em desvantagem numérica avassaladora) é declarado um empate.
Eu gosto bastante desta mecânica de combate, porque torna a batalha algo mais do que pegar em dois exércitos, mete-los lado a lado, e deixar os stats decidir o resto. Adiciona um nível de profundidade ao combate que beneficia bastante o jogo. Para além disso, há sempre a hipótese de por a batalha em automático, que salta logo para um resultado gerado pelos stats. Recomendo só em casos de vantagem extrema, porque o automático tende a matar unidades desnecessariamente. Para terminar a conversa das batalhas, existem umas unidades especiais, chamadas "guardians", que ocupam um exército inteiro, são enormes e muito fortes. Para além da piada que tem ver um bicho colossal a andar pelo mapa, sabendo que nós o controlamos, tem também muita piada destruir os fraquinhos exércitos de dezenas de unidades dos adversários usando apenas um ou dois gajos grandes.
Falemos agora da história: Quando se começa um jogo, passa uma cutscene referente ao império escolhido. Eu não a vi, saltei-a sem querer quando tentei tirar screenshot para pôr aqui (vi mais tarde no youtube). Essa cutscene introduz a história do império, que é desenvolvida ao longo do jogo através de várias quests. São totalmente opcionais, mas cada quest completada oferece os seus bónus, além de que é possível vencer o jogo ao completar a sequência de quest principais. Eu adoro esta mecânica porque permite ao jogador aprofundar o seu conhecimento sobre o mundo, ao mesmo tempo que oferece uma oportunidade de exploração da história do mundo e seus habitantes que jogos como Civilization não conseguem atingir.
O último ponto é a diversidade. Existe à volta de uma dezena de facções que o jogador pode controlar (além de que o jogador pode criar as suas próprias facções), cada uma favorecendo um diferente tipo de jogabilidade, com efeitos realmente notáveis. Por exemplo: a facção com quem eu joguei funciona como um culto à volta da rainha, por isso, só se pode ter uma única cidade, onde reside sua majestade reside. Esta cidade acaba por ser muito mais desenvolvida do que as de outros impérios são, visto ser só uma a usar recursos. Outra facção obtém muito menos comida das fontes normais, mas pode obtê-la comendo exércitos derrotados, além de que não tem a possibilidade de usar a diplomacia. É portanto muito encorajado um modo de jogo onde o jogador expande agressivamente. Em termos de diversidade, realça-se também os diversos tipos de vitória que existem. Pode-se ganhar destruindo todos os outros impérios, pela ciência, conquistando grande parte do mapa (em termos de área), conquistando todas as capitais, fazendo muito dinheiro, pela influência, diplomacia, pontos, completando quests, etc.
Toda esta diversidade permite um maior role play, jogando-se cada facção muito diferente das outras. Comparando novamente a Civilization, neste jogo um jogador joga de Alemanha praticamente da mesma maneira que joga de Zulos, apesar de serem civilizações totalmente distintas em história, cultura, política, tudo, pois as suas diferenças em jogo são ninharias.
Portanto, se estiverem à procura de um jogo de estratégia, recomendo experimentarem Endless Legend.
Comecemos pelo básico: Endless Legend é um jogo de estratégia 4X (subgénero de estratégia em que os jogadores controlam um império e "investigam, expandem, exploram e exterminam"("eXplore, eXpand, eXploit, and eXterminate") impérios rivais) em mapa de tiles hexagonais por turnos. Cada jogador controla um império, constrói cidades, edifícios, tropas, faz pesquisas, interage com os outro e comete genocídio. Até agora, típico jogo de estratégia. Mas há três principais aspectos em que Endless Legend se destaca: batalhas, história e diversidade.
Antes de entrar em detalhe sobre estes três tópicos, permitam-me explicar um pouco do mundo do jogo, para melhor compreenderem o que se segue. Endless Legend passa-se em Auriga, um mundo onde vários impérios, e facções menores competem pela supremacia. A maioria dos impérios e facções são de espécies diferentes. O jogo é uma mistura muito bem feita de ciência e fantasia, com alguma da ciência mais avançada sendo quase apresentada como magia.
Vamos então ás batalhas. Mas primeiro, comecemos por explicar como funcionam os exércitos. Quando querem produzir tropas, produzem uma unidade. Cada unidade é de um único tipo de tropa, tem uma vida, e na prática, funciona como um único soldado. Várias unidades podem juntar-se para formar um exército, que é aquilo que aparece no mapa, e que o jogador desloca de um lado para o outro, ocupando uma única tile. Pode haver exércitos compostos por uma só unidade, pode haver exércitos compostos por oito (se calhar mais, tal como disse, só joguei um jogo). Quando dois exércitos se encontram em tiles adjacentes, podem iniciar uma batalha.
E agora sim, falemos da pancadaria. Quando a batalha inicia, uma área quadrada ao redor dos exércitos que começaram a batalha (aos quais me referirei como "exércitos principais") é demarcada para a batalha. A batalha dura um único turno, no qual nenhum exército externo pode entrar na área de batalha. Exércitos que já se encontrem na área, mas não sejam um dos principais, são demarcados como suporte do exército principal da sua fação, e são escolhidas pelo computador duas tiles de suporte para cada jogador (mais sobre estas à frente). A área de batalha é divida em duas zonas pertencentes a cada jogador. O exército principal de cada jogador é dividido nas suas unidades, que o jogador pode dispor à vontade pela sua metade da área. Após a disposição inicial, há um período de ordens, em que os jogadores dão ordens ás suas tropas (ataca aquele, vai para ali, etc.). Depois há um período de execução, em que as tropas de ambos os lados fazem cumprir as suas ordens. Que unidade avança primeiro depende de um dos seus stats. No início de cada fase de ordens aparece uma unidade dos exércitos de suporte nas tiles de suporte, caso estas se encontrem livres. O ciclo "fase de ordens"/ "fase de execução" repte-se seis vezes, ao fim das quais a batalha acaba, e o exército sobrevivente é declarado vencedor. Caso ambos os exércitos tenham unidades sobreviventes (mesmo que seja uma única, com vida praticamente nula, e em desvantagem numérica avassaladora) é declarado um empate.
Eu gosto bastante desta mecânica de combate, porque torna a batalha algo mais do que pegar em dois exércitos, mete-los lado a lado, e deixar os stats decidir o resto. Adiciona um nível de profundidade ao combate que beneficia bastante o jogo. Para além disso, há sempre a hipótese de por a batalha em automático, que salta logo para um resultado gerado pelos stats. Recomendo só em casos de vantagem extrema, porque o automático tende a matar unidades desnecessariamente. Para terminar a conversa das batalhas, existem umas unidades especiais, chamadas "guardians", que ocupam um exército inteiro, são enormes e muito fortes. Para além da piada que tem ver um bicho colossal a andar pelo mapa, sabendo que nós o controlamos, tem também muita piada destruir os fraquinhos exércitos de dezenas de unidades dos adversários usando apenas um ou dois gajos grandes.
Falemos agora da história: Quando se começa um jogo, passa uma cutscene referente ao império escolhido. Eu não a vi, saltei-a sem querer quando tentei tirar screenshot para pôr aqui (vi mais tarde no youtube). Essa cutscene introduz a história do império, que é desenvolvida ao longo do jogo através de várias quests. São totalmente opcionais, mas cada quest completada oferece os seus bónus, além de que é possível vencer o jogo ao completar a sequência de quest principais. Eu adoro esta mecânica porque permite ao jogador aprofundar o seu conhecimento sobre o mundo, ao mesmo tempo que oferece uma oportunidade de exploração da história do mundo e seus habitantes que jogos como Civilization não conseguem atingir.
Screenshot que me custou a cutscene inicial |
O último ponto é a diversidade. Existe à volta de uma dezena de facções que o jogador pode controlar (além de que o jogador pode criar as suas próprias facções), cada uma favorecendo um diferente tipo de jogabilidade, com efeitos realmente notáveis. Por exemplo: a facção com quem eu joguei funciona como um culto à volta da rainha, por isso, só se pode ter uma única cidade, onde reside sua majestade reside. Esta cidade acaba por ser muito mais desenvolvida do que as de outros impérios são, visto ser só uma a usar recursos. Outra facção obtém muito menos comida das fontes normais, mas pode obtê-la comendo exércitos derrotados, além de que não tem a possibilidade de usar a diplomacia. É portanto muito encorajado um modo de jogo onde o jogador expande agressivamente. Em termos de diversidade, realça-se também os diversos tipos de vitória que existem. Pode-se ganhar destruindo todos os outros impérios, pela ciência, conquistando grande parte do mapa (em termos de área), conquistando todas as capitais, fazendo muito dinheiro, pela influência, diplomacia, pontos, completando quests, etc.
Toda esta diversidade permite um maior role play, jogando-se cada facção muito diferente das outras. Comparando novamente a Civilization, neste jogo um jogador joga de Alemanha praticamente da mesma maneira que joga de Zulos, apesar de serem civilizações totalmente distintas em história, cultura, política, tudo, pois as suas diferenças em jogo são ninharias.
Portanto, se estiverem à procura de um jogo de estratégia, recomendo experimentarem Endless Legend.
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