BattleBlock Theater
Eu passei BattleBlock Theater há cerca de dois anos, mas recentemente decidi voltar a passá-lo do zero. Contudo, com uma pequena diferença: em vez de passar o jogo em Modo Normal, passei-o em Modo Insano (na versão portuguesa). A diferença entre um modo e o outro, se não estou em erro, é simplesmente a seguinte: no Modo Normal, há checkpoints ao longo dos níveis, enquanto que no Modo Insano não, ou seja, tem de se passar os níveis sem morrer uma única vez, podendo tornar-se frustrante quando, por exemplo, ficamos - e isto acontece, infelizmente - 20 minutos no mesmo nível porque conseguimos fazer o nível todo sem problemas e depois chegamos ao salto final e falhamos miseravelmente, obrigando-nos a repetir o nível TODO até podermos tentar fazer o tal salto final que vamos falhar pelo menos mais 150 vezes (especialmente se forem uns grandes nabos, como eu, e/ou estiverem a jogar em Modo Cooperativo), o que torna o jogo significativamente mais complicado.
Questão: Porque razão decidi passar BattleBlock Theater de novo?
Resposta 1: Porque tinha saudades do jogo e sou uma pessoa que gosta de um bom desafio, que pode ser proporcionado pelo Modo Insano deste jogo.
Resposta 2: Porque gosto de colecionar proezas da Steam e algumas destas requerem que se passe o jogo em Modo Insano.
Uma destas resposta é mais acertada do que a outra, no entanto, não vou dizer qual delas é. Façam as vossas apostas à vontade.
Estou a brincar. De facto, tinha saudades do jogo e gosto de um bom desafio (até certo ponto), mas a verdadeira razão para ter decidido pegar no jogo novamente foram as proezas da Steam. Não que eu seja (ou não seja) um maluquinho por elas, mas já que tenho o jogo, mais vale a pena tirar o máximo proveito deste, ou seja, experimentar (quase) tudo o que o jogo tem para oferecer, em vez de passar meia dúzia de níveis, nunca mais tocar no jogo, comprar um jogo novo, e repetir este ciclo. Aliás, eu não sabia que tinha tantas saudades do jogo até lhe ter limpo o pó.
Após esta "pequena" introdução que dá a conhecer um bocado da minha história com BattleBlock Theater, chegou à altura de falar do jogo em si.
Comecemos pela história do jogo, que é bastante simples. O jogo começa num navio cheio de amigos que partiram numa aventura. Neste grupo de amigos, destaca-se Hatty Hattington por ser o "Rei dos Amigos", a definição de "Amigo" em pessoa (se é que faz sentido), amigo de toda a gente. Por outras palavras, toda a gente gostava dele. A determinada altura nesta aventura, começa uma tempestade no local onde o navio se encontrava, levando-o a colidir com uma ilha que tinha um teatro cheio de gatos que prendem este grupo de amigos. Contudo, Hatty não é preso, é-lhe dado uma cartola que muda o seu comportamento de um momento para o outro. O nosso objetivo é libertar os nossos amigos, salvar Hatty daquele estado estranho e fugir do teatro.
Para ser sincero, a história não é muito relevante, é mais um pretexto para se jogar o jogo, não dando ao jogador a sensação que está a jogar só porque sim, quase como se as cutscenes fossem um prémio por termos passado o capítulo. Aliás, os níveis pouco têm a ver com a história (na verdade, a única coisa que tem a ver com a história é o facto de os níveis serem atuações nossas no teatro). Contudo, a forma como a história é contada é bastante divertida, o narrador faz um excelente trabalho com o seu tom de voz, as ironias, as piadas, etc... e é isso que torna as cutscenes um prémio: queremos sempre que o narrador conte mais alguma coisa. Quando morremos no jogo, o narrador também costuma ser engraçadinho. Há só um pequenino problema: o narrador tem cerca de uma dúzia de comentários gravados e, pelo menos eu, morro vezes suficientes para ouvir a mesma piada 4/5/6 vezes (também não podemos exigir que o narrador fique a vida toda a gravar mensagens para os coitadinhos que não sabem jogar).
Falando agora da jogabilidade, o jogo tem uma série de movimentos e armas cujas mecânicas são simples, o que é ótimo, na minha opinião. É ótimo na medida em que a dificuldade não está em usar cada um dos movimentos ou das armas, mas em saber quando e como usá-los. As armas compram-se com novelos de lã - há um novelo por cada nível.
Quanto aos níveis, eu acho que estão bastante bem feitos. Os níveis estão desenhados essencialmente à volta de obstáculos (entre os quais se encontram: blocos que aparecem e desaparecem, raios laser, serras, picos, canhões e, um dos maiores inimigos de sempre nos vídeo-jogos, água, porque ninguém se quer dar ao trabalho de ensinar os personagens a nadar), embora também haja alguns inimigos (como é o caso de gatos fraquinhos, monstros imortais que nos comem vivos e gajos imortais que disparam mísseis perseguidores). Pessoalmente, não gosto muito dos inimigos imortais quando tenho de passar por eles, por ser um coninhas de vez em quando, se bem que faz sentido que existam, porque os níveis não estariam tão bons sem eles. Aviso desde já que há níveis em que é necessário pegar em blocos ou pedras para prosseguir no nível e há um bug estúpido em Modo Cooperativo em que o jogador 2 (chamemos-lhe assim) às vezes morre assim que pega numa pedra, o que é um bocado ridículo.
Fora do Modo História, também há arenas: vários minijogos onde é possível competir contra outros jogadores. Na minha opinião, não estão nada de especial, existirem ou não é indiferente, mas experimentem-nas vocês, podem ter uma opinião diferente da minha.
O estilo gráfico (tipo cartoon) encaixa-se perfeitamente no tipo de jogo. Convém realçar que é possível colecionar cabeças para mudar o vosso personagem, que se compram com gemas que estão espalhadas ao longo dos níveis.
A música do jogo é bastante alegre e, mais uma vez, adequa-se bastante bem ao ambiente do jogo. Eu só acho que às vezes a música que passa no último nível de cada capítulo é um pouco stressante, se bem que esses níveis são contras-relógio, por isso, até se percebe o porquê do uso de tal música.
Se calhar a análise que fiz do jogo até agora não está grande coisa na medida em que não sou capaz de transmitir a essência do jogo, portanto vou aproveitar agora para explicar que este jogo é espetacular por tudo ter sido desenvolvido à volta do humor (e por incrível que pareça, este humor é engraçado), desde a história, aos gráficos, ao design dos níveis, à jogabilidade, etc... o que acaba por tornar o jogo divertido, agradável e leve (a diferentes níveis). Obviamente que tem muito mais piada jogar com um amigo, porque, para mim, o jogo fica sempre mais divertido, mais agradável e ainda mais leve (apesar de continuarmos a morrer 150 vezes por nível das formas mais estúpidas possíveis).
Dito isto, é óbvio que recomendo que joguem esta peça de teatro (se puderem, com alguém), mas não se atirem de cabeça para o Modo Insano se não tiverem muita paciência como eu, porque às vezes o jogo pode tornar-se um pouco cansativo, ou até mesmo frustrante. Creio que assim que jogarem o jogo perceberão melhor o que quero dizer.
Questão: Porque razão decidi passar BattleBlock Theater de novo?
Resposta 1: Porque tinha saudades do jogo e sou uma pessoa que gosta de um bom desafio, que pode ser proporcionado pelo Modo Insano deste jogo.
Resposta 2: Porque gosto de colecionar proezas da Steam e algumas destas requerem que se passe o jogo em Modo Insano.
Uma destas resposta é mais acertada do que a outra, no entanto, não vou dizer qual delas é. Façam as vossas apostas à vontade.
Estou a brincar. De facto, tinha saudades do jogo e gosto de um bom desafio (até certo ponto), mas a verdadeira razão para ter decidido pegar no jogo novamente foram as proezas da Steam. Não que eu seja (ou não seja) um maluquinho por elas, mas já que tenho o jogo, mais vale a pena tirar o máximo proveito deste, ou seja, experimentar (quase) tudo o que o jogo tem para oferecer, em vez de passar meia dúzia de níveis, nunca mais tocar no jogo, comprar um jogo novo, e repetir este ciclo. Aliás, eu não sabia que tinha tantas saudades do jogo até lhe ter limpo o pó.
Após esta "pequena" introdução que dá a conhecer um bocado da minha história com BattleBlock Theater, chegou à altura de falar do jogo em si.
Comecemos pela história do jogo, que é bastante simples. O jogo começa num navio cheio de amigos que partiram numa aventura. Neste grupo de amigos, destaca-se Hatty Hattington por ser o "Rei dos Amigos", a definição de "Amigo" em pessoa (se é que faz sentido), amigo de toda a gente. Por outras palavras, toda a gente gostava dele. A determinada altura nesta aventura, começa uma tempestade no local onde o navio se encontrava, levando-o a colidir com uma ilha que tinha um teatro cheio de gatos que prendem este grupo de amigos. Contudo, Hatty não é preso, é-lhe dado uma cartola que muda o seu comportamento de um momento para o outro. O nosso objetivo é libertar os nossos amigos, salvar Hatty daquele estado estranho e fugir do teatro.
Para ser sincero, a história não é muito relevante, é mais um pretexto para se jogar o jogo, não dando ao jogador a sensação que está a jogar só porque sim, quase como se as cutscenes fossem um prémio por termos passado o capítulo. Aliás, os níveis pouco têm a ver com a história (na verdade, a única coisa que tem a ver com a história é o facto de os níveis serem atuações nossas no teatro). Contudo, a forma como a história é contada é bastante divertida, o narrador faz um excelente trabalho com o seu tom de voz, as ironias, as piadas, etc... e é isso que torna as cutscenes um prémio: queremos sempre que o narrador conte mais alguma coisa. Quando morremos no jogo, o narrador também costuma ser engraçadinho. Há só um pequenino problema: o narrador tem cerca de uma dúzia de comentários gravados e, pelo menos eu, morro vezes suficientes para ouvir a mesma piada 4/5/6 vezes (também não podemos exigir que o narrador fique a vida toda a gravar mensagens para os coitadinhos que não sabem jogar).
Falando agora da jogabilidade, o jogo tem uma série de movimentos e armas cujas mecânicas são simples, o que é ótimo, na minha opinião. É ótimo na medida em que a dificuldade não está em usar cada um dos movimentos ou das armas, mas em saber quando e como usá-los. As armas compram-se com novelos de lã - há um novelo por cada nível.
Quanto aos níveis, eu acho que estão bastante bem feitos. Os níveis estão desenhados essencialmente à volta de obstáculos (entre os quais se encontram: blocos que aparecem e desaparecem, raios laser, serras, picos, canhões e, um dos maiores inimigos de sempre nos vídeo-jogos, água, porque ninguém se quer dar ao trabalho de ensinar os personagens a nadar), embora também haja alguns inimigos (como é o caso de gatos fraquinhos, monstros imortais que nos comem vivos e gajos imortais que disparam mísseis perseguidores). Pessoalmente, não gosto muito dos inimigos imortais quando tenho de passar por eles, por ser um coninhas de vez em quando, se bem que faz sentido que existam, porque os níveis não estariam tão bons sem eles. Aviso desde já que há níveis em que é necessário pegar em blocos ou pedras para prosseguir no nível e há um bug estúpido em Modo Cooperativo em que o jogador 2 (chamemos-lhe assim) às vezes morre assim que pega numa pedra, o que é um bocado ridículo.
Fora do Modo História, também há arenas: vários minijogos onde é possível competir contra outros jogadores. Na minha opinião, não estão nada de especial, existirem ou não é indiferente, mas experimentem-nas vocês, podem ter uma opinião diferente da minha.
O estilo gráfico (tipo cartoon) encaixa-se perfeitamente no tipo de jogo. Convém realçar que é possível colecionar cabeças para mudar o vosso personagem, que se compram com gemas que estão espalhadas ao longo dos níveis.
A música do jogo é bastante alegre e, mais uma vez, adequa-se bastante bem ao ambiente do jogo. Eu só acho que às vezes a música que passa no último nível de cada capítulo é um pouco stressante, se bem que esses níveis são contras-relógio, por isso, até se percebe o porquê do uso de tal música.
Se calhar a análise que fiz do jogo até agora não está grande coisa na medida em que não sou capaz de transmitir a essência do jogo, portanto vou aproveitar agora para explicar que este jogo é espetacular por tudo ter sido desenvolvido à volta do humor (e por incrível que pareça, este humor é engraçado), desde a história, aos gráficos, ao design dos níveis, à jogabilidade, etc... o que acaba por tornar o jogo divertido, agradável e leve (a diferentes níveis). Obviamente que tem muito mais piada jogar com um amigo, porque, para mim, o jogo fica sempre mais divertido, mais agradável e ainda mais leve (apesar de continuarmos a morrer 150 vezes por nível das formas mais estúpidas possíveis).
Dito isto, é óbvio que recomendo que joguem esta peça de teatro (se puderem, com alguém), mas não se atirem de cabeça para o Modo Insano se não tiverem muita paciência como eu, porque às vezes o jogo pode tornar-se um pouco cansativo, ou até mesmo frustrante. Creio que assim que jogarem o jogo perceberão melhor o que quero dizer.
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