Antichamber, explorando o impossível
Dentro dos jogos de puzzle, este é, sem dúvida alguma, o meu preferido.
Em poucas palavras, Antichamber é um labirinto formado por corredores e salas impossíveis, conectados de forma impossível, com alguns puzzles para dar gostinho ao jogo. Como assim impossíveis? Impossibilidades ao estilo do filme Inception, mas elevadas ao quadrado. Imaginem atravessar um corredor, olhar para trás, e, em vez do corredor, verem-se deparados com uma sala nunca antes vista. Imagem atravessarem cinco salas de seguida em linha reta, para depois se encontrarem na primeira. Isto, e muito mais, é Antichamber, um jogo feito para vos derreter o cérebro da maneira mais agradável possível.
A maioria dos puzzles relacionam-se com pequenos cubinhos que o jogador pode apanhar, colocar no mundo, e fazer mais algumas coisinhas interessantes. Para acompanhar a maioria do puzzle, antichamber oferece também uma engraçada gravura com uma frase de vida inspiradora para complementar. Convém não esquecer estas frases. Costumam conter dicas disfarçadas sobre os puzzles. Em especial uma que diz, e parafraseio, lições antigas podem aplicar-se a problemas novos. Até ao fim do jogo, até as soluções mais básicas dos primeiros puzzles continuaram a ser válidas.
O jogo não possui menu principal. Tem um pequeno hub com os comandos, opções, a coleção de todas as frases inspiradoras coleccionadas, um mapa, e uma porta a dizer "exit". Aproveito aqui para referir duas das fraquezas do jogo. Em primeiro lugar, o jogo é, em termos de performance, algo chato. Há alturas em que nem o consigo abrir e nem percebo porquê. Além disso, por duas vezes foi abaixo, da última vez que joguei. E isto nem seria grande problema não fosse a fraqueza número dois: A função de autosave é problemática, e não há outra forma de guardar. Eu sei que não sou o único a quem o jogo simplesmente se recusa a gravar. Tendo dito isto, o jogo não é muito longo, por isso, provavelmente conseguem completá-lo numa única sessão.
O que eu mais adoro neste jogo é a sensação de um labirinto vivo que este dá. Conhecem aquele truque dos labirintos, de escolher uma parede, e acompanhá-la para sempre, que eventualmente se há de encontrar a saída? Pois, em Antichamber não funciona assim. A sensação que o jogador tem é que as salas, os corredores, as paredes, e em alguns casos o próprio chão mudam de sítio constantemente. Nem com o mapa, nem depois de ter passado o jogo duas vezes consigo dizer que conheço o labirinto. Sei que da próxima vez que jogar, continuarei confuso.
Uma queixa que vi frequentemente na internet é que há certas mecânicas fundamentais que o jogo não explica devidamente, e é o próprio jogador que as tem de descobrir sozinho. Esta queixa é disparatada, no caso de Antichamber. O jogo oferece no momento certo pistas subtis que, sinceramente, funcionam muito bem. Além disso, qualquer jogo que deixe o jogador descobrir algo por si próprio (dentro dos limites do bom senso, não queremos esconder coisas que nunca ninguém descobriria) merece um aplauso. Ainda mais sendo este um labirinto, que implica, acima de tudo, exploração. Não só exploração física, mas também mecânica.
Eu não consigo fazer justiça a este jogo. Só mesmo jogando. Se alguma vez pegaram num daqueles labirintos que vêm no jornal, se alguma vez descarregaram um jogo manhoso para o telemóvel para ficarem desiludidos com a qualidade dos puzzles, se alguma vez tiveram interesse em jogar um jogo, não para ganhar, mas pela experiência, joguem Antichamber.
Em poucas palavras, Antichamber é um labirinto formado por corredores e salas impossíveis, conectados de forma impossível, com alguns puzzles para dar gostinho ao jogo. Como assim impossíveis? Impossibilidades ao estilo do filme Inception, mas elevadas ao quadrado. Imaginem atravessar um corredor, olhar para trás, e, em vez do corredor, verem-se deparados com uma sala nunca antes vista. Imagem atravessarem cinco salas de seguida em linha reta, para depois se encontrarem na primeira. Isto, e muito mais, é Antichamber, um jogo feito para vos derreter o cérebro da maneira mais agradável possível.
A maioria dos puzzles relacionam-se com pequenos cubinhos que o jogador pode apanhar, colocar no mundo, e fazer mais algumas coisinhas interessantes. Para acompanhar a maioria do puzzle, antichamber oferece também uma engraçada gravura com uma frase de vida inspiradora para complementar. Convém não esquecer estas frases. Costumam conter dicas disfarçadas sobre os puzzles. Em especial uma que diz, e parafraseio, lições antigas podem aplicar-se a problemas novos. Até ao fim do jogo, até as soluções mais básicas dos primeiros puzzles continuaram a ser válidas.
O jogo não possui menu principal. Tem um pequeno hub com os comandos, opções, a coleção de todas as frases inspiradoras coleccionadas, um mapa, e uma porta a dizer "exit". Aproveito aqui para referir duas das fraquezas do jogo. Em primeiro lugar, o jogo é, em termos de performance, algo chato. Há alturas em que nem o consigo abrir e nem percebo porquê. Além disso, por duas vezes foi abaixo, da última vez que joguei. E isto nem seria grande problema não fosse a fraqueza número dois: A função de autosave é problemática, e não há outra forma de guardar. Eu sei que não sou o único a quem o jogo simplesmente se recusa a gravar. Tendo dito isto, o jogo não é muito longo, por isso, provavelmente conseguem completá-lo numa única sessão.
Um fofinho hub |
O que eu mais adoro neste jogo é a sensação de um labirinto vivo que este dá. Conhecem aquele truque dos labirintos, de escolher uma parede, e acompanhá-la para sempre, que eventualmente se há de encontrar a saída? Pois, em Antichamber não funciona assim. A sensação que o jogador tem é que as salas, os corredores, as paredes, e em alguns casos o próprio chão mudam de sítio constantemente. Nem com o mapa, nem depois de ter passado o jogo duas vezes consigo dizer que conheço o labirinto. Sei que da próxima vez que jogar, continuarei confuso.
Uma queixa que vi frequentemente na internet é que há certas mecânicas fundamentais que o jogo não explica devidamente, e é o próprio jogador que as tem de descobrir sozinho. Esta queixa é disparatada, no caso de Antichamber. O jogo oferece no momento certo pistas subtis que, sinceramente, funcionam muito bem. Além disso, qualquer jogo que deixe o jogador descobrir algo por si próprio (dentro dos limites do bom senso, não queremos esconder coisas que nunca ninguém descobriria) merece um aplauso. Ainda mais sendo este um labirinto, que implica, acima de tudo, exploração. Não só exploração física, mas também mecânica.
Eu não consigo fazer justiça a este jogo. Só mesmo jogando. Se alguma vez pegaram num daqueles labirintos que vêm no jornal, se alguma vez descarregaram um jogo manhoso para o telemóvel para ficarem desiludidos com a qualidade dos puzzles, se alguma vez tiveram interesse em jogar um jogo, não para ganhar, mas pela experiência, joguem Antichamber.
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